60 anos: Anfavea e o avanço tecnológico do carro nacional
60 anos: Anfavea e o avanço tecnológico do carro nacional
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) comemora seu sexagenário no Brasil e tem registrado ao longo da história importantes avanços na indústria automobilística em todos os seus segmentos, especialmente nas linhas de automóveis leves.
Ao longo destes anos, o setor atravessou ciclos de crescimento e queda, mas mantém um indiscutível legado. No âmbito tecnológico, uma das mais relevantes conquistas foi o desenvolvimento dos veículos bicombustíveis para o mercado nacional. Os motores flex equipam hoje 90% dos veículos que saem das fábricas, passados 13 anos de sua introdução.
“Este é um destaque extremamente importante para a engenharia brasileira e mostra a capacidade inovadora que nossos engenheiros têm para desenvolver a indústria local e transformar o Brasil em um dos grandes protagonistas no cenário mundial”, ressalta o presidente da Associação, Antonio Megale.
O país possui hoje centros de pesquisa e desenvolvimento voltados para a criação de veículos e plataformas usadas no mundo inteiro. Além disso, num esforço conjunto com a participação direta da Associação, o Brasil passou a ter mais investimentos das montadoras, que anunciaram a aplicação de R$ 85 bilhões para o período de 2012 a 2018, sendo R$ 15 bi direcionados para P&D e engenharia em razão do Inovar-Auto, um marco para a indústria brasileira, que traz aportes para a construção de novas fábricas e aperfeiçoamento das que já estão em atividade.
“O veículo que produzíamos em 2012 é completamente diferente do que entregamos hoje tanto em questão tecnológica, quanto em níveis de eficiência e conectividade. Temos hoje no Brasil veículos cada vez mais modernos e alinhados com o que vemos fora do país, ou seja, produtos mais globais”, considera o presidente da Anfavea.
60 anos
A Anfavea completa 60 anos no dia 15 de maio de representação da indústria de automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, máquinas agrícolas e rodoviárias. Em sua fundação, em 1956, entidade contava com oito associados – – Ford, General Motors, VEMAG, Mercedes-Benz, Volkswagen, Willys Overland, International Harvester e Brasmotor. Naquele período, a indústria automobilística empregava 9,8 mil pessoas, produzia 30,5 mil veículos no Brasil, comercializava quase 31 mil e não exportava nenhum deles.
Hoje a Anfavaea reúne 32 associados: AGCO, Agrale, Audi, BMW, Caminhões Metro-Shacman, CAOA, Caterpillar, CNH, DAF, FCA, Ford, General Motors, Honda, HPE, Hyundai, International, Iveco, Jaguar Land Rover, John Deere, Karmann-Ghia, Komatsu, Mahindra, MAN, Mercedes-Benz, Nissan, Grupo PSA, Renault. Scania, Toyota, Valtra, Volkswagen e Volvo Caminhões.
Depois de seis décadas, a indústria automobilística emprega 128 mil pessoas. Em anos recordes atingiu a marca de 3,7 milhões de unidades fabricadas, vendeu 3,8 milhões e exportou cerca de 900 mil veículos.
Na soma dos 60 anos a indústria brasileira produziu mais de 78 milhões de veículos e vendeu 70 milhões. “Esses números demonstram não somente a grandiosidade da indústria e sua capacidade produtiva, mas também a evolução que ela trouxe para o Brasil, com geração de renda e emprego, além de oferecer produtos que viabilizam o transporte de pessoas e de cargas, que mecanizam e elevam a produtividade no campo e que transformam em realidade o sonho do livre direito de ir e vir. Não é possível imaginar um País com representatividade no mundo sem a indústria automobilística”, finaliza Megale.
Fonte: Radar Nacional
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