Setor de reposição de autopeças se readequa em tempos de crise
Setor de reposição de autopeças se readequa em tempos de crise
O ano de 2015 é marcado para o setor de autopeças como um período para se apagar da história. A forte queda nas vendas de veículos novos refletiu diretamente no segmento, que amargou retração de 17,8% na demanda, influenciada principalmente pelas montadoras. Em consequência da desaceleração do segmento, cerca de 20 mil vagas de trabalho foram encerradas naquele ano. No entanto, de acordo com informações do Jornal Brasil Peças, o aumento nas vendas de carros usados e estratégias de mercado têm ditado novos rumos para este ano.
Esse conjunto de fatores já refletiu positivamente no primeiro trimestre. O destaque é o segmento de reparação. Segundo dados da Fecomércio-SP, as lojas física de autopeças superaram em 30,8% as compras nas concessionárias.
Mas a forte tendência verificada no período é a compra de peças pela internet. O crescimento já chega a 82,7% na procura de clientes que preferem economizar tempo e encontrar preços mais atrativos. Quem enxergou isso e encontrou boas oportunidades foi a Vetor Automotivo, que apostou também na comunicação online com seu público e tem obtido retorno. Outras empresas que apostaram no e-commerce, como a Arsenal Car e AZ Acessórios já tiveram um incremento de 80% nas vendas.
A distribuição e autopeças se ajustaram para se adaptar aos novos tempos do setor de reposição. Distribuidores apostam na seletividade do produto e reduzem os estoques, um risco para o momento. As reservas são formadas, em sua maioria, por pelas com maior rotatividade.
Previsões para o ano
A indústria de autopeças espera um aumento de 1,3% no faturamento nominal em 2016 na comparação com 2015. O Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores) e a Abipeças (Associação Brasileira da Indústria de Autopeças) esperam movimentar R$ 64 bilhões.
As estimativas estão abaixo da inflação e da variação cambial projetadas, o que significa um “provável” cenário de retração no faturamento real.
Embora o resultado da balança comercial das autopeças apresente evolução favorável, mesmo com a queda das importações, o quadro ainda é deficitário. Em 2015, o saldo negativo de 5,6 bilhões de dólares, uma queda de 37,8% em relação a 2014. Em 2016, a expectativa é de que caia mais 28 pontos percentuais, chegando a 4 bilhões de dólares. As exportações devem registrar alta de 5%, para 8 bilhões de dólares, enquanto que as importações devem cair cerca de 9%, para US$ 12 bilhões.
Em 2015, os embarques, para 187 países, somaram US$ 7,6 bilhões. As compras externas, vindas de 160 mercados, foram de US$ 13,15 bilhões no período.
Fonte: Radar Nacional
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