Brasil fabrica 83,6% dos veículos que rodam em países do Mercosul
Brasil fabrica 83,6% dos veículos que rodam em países do Mercosul
Brasil é responsável por 83,6% dos veículos que rodam em países do Mercosul. Os dados, que constam no anuário dos transportes da Confederação Nacional do Transporte (CNT), consideram as exportações de 2014, um total de 3,1 milhões de unidades – de lá para cá, montadoras como a Volkswagen e Ford ampliaram suas gamas comercializadas no mercado externo.
A maior parte foi de automóveis, com 2,5 milhões. Comerciais leves, caminhões e ônibus soam 644,1 mil unidades. Ainda de acordo com o balanço, a Argentina representa 16,4% da produção que abastece países vizinhos, com 617,3 mil unidades no mesmo período.
Em relação à América Latina, o Brasil é o segundo maior produtor de veículos, atrás do México. Argentina, Equador e Venezuela aparecem em seguida.
Na comparação com outros países o Brasil ocupava a oitava posição na produção veicular mundial, perdendo para China Estados Unidos, Japão, Alemanha, Coreia do Sul, Índia e México. Fica à frente, no entanto, de Espanha, Canadá e Rússia.
Salvação
As exportações são consideradas a salvação da indústria automotiva brasileira em 2016 e será intensificada a partir de acordo firmado com o governo peruano. A parceria inclui o livre comércio de veículos leves e picapes, além de compras governamentais, serviços e investimentos.
O Brasil passa a contar com Acordos de Cooperação e Facilitação de Investimentos com todos os países da Aliança do Pacífico (Peru, Chile, Colômbia e México). O livre-comércio imediato de veículos leves e picapes deve ampliar em pouco tempo o volume exportado pelo Brasil, que hoje tem a participação de apenas 3% sobre cerca de 160 mil unidades.
Os países anteciparam a desoneração para comércio de veículos leves e picapes. A medida estava prevista em um acordo anterior, mas só se consolidaria em 2019.
O acordo internacional de compras governamentais abre a empresas brasileiras a participação em licitações de bens e serviços, benefício também estendido ao Peru. A participação de empresas brasileiras em algumas licitações vinha sendo prejudicada pela exigência de depósito em instituição financeira peruana de montante não inferior a 5% de sua capacidade máxima de contratação. Com a implementação do acordo assinado, essa situação passa a ser superada e as empresas brasileiras passam a ter condições equivalentes de acesso.
A oferta peruana é ampla e abrange a totalidade das entidades de nível central e algumas estatais. Na área de serviços, os compromissos peruanos são equivalentes aos consolidados pelo país no âmbito do Tratado Trasnspacífico (TPP) e da Aliança do Pacífico. Prestadores de serviços brasileiros passam, portanto, a ter condições de participação em setores de grande interesse, como tecnologia de informação e comunicação, serviços de turismo, de transporte, de engenharia, de arquitetura e de entretenimento.
Impulso
Brasil e Argentina reconhecem a necessidade de haver um “impulso efetivo” para solucionar entraves no comércio bilateral. E devem estabelecer parcerias estratégicas na formação de uma plataforma automotiva regional que possibilite maior produtividade e competitividade em nível global.
Os objetivos comuns de integração produtiva, geração de empregos, agregação de valor tecnológico e acesso a novos mercados, acreditam os ministros, serão alcançados com o fortalecimento das estruturas e capacidades produtivas de ambas as partes.
Diretrizes que conforma o plano de trabalho do Comitê Automotivo para a renegociação do regime automotivo bilateral serão examinas e monitoradas por seus membros. As propostas devem fazer parte de um novo acordo automotivo, que será estabelecido no final deste semestre.
Fonte: Radar Nacional
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