Brasil ganha programa de testes de emissões de poluentes na frota
Brasil ganha programa de testes de emissões de poluentes na frota
Foi oficializada a criação do Programa Brasileiro de Combustíveis, Tecnologias Veiculares e Emissões (PCVE), que desenvolverá informações científicas sobre a influência dos combustíveis e das tecnologias veiculares nas emissões automotivas. A iniciativa tem o envolvimento do Ministério de Minas e Energia (MME); Ministério do Meio Ambiente (MMA); Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA); Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras); e Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA).
Os setores farão o levantamento de dados e informações científicas e o aprimoramento do monitoramento e da modelagem da qualidade do ar. Estudos contribuirão para o aprimoramento de soluções tecnológicas para a melhoria da qualidade do ar.
Programa segue o mesmo modelo do Auto Oil, em desenvolvimento em países da Comunidade Europeia, Japão e Estados Unidos. “As simulações desenvolvidas permitem identificar quais são as tecnologias veiculares ou os combustíveis que precisam ser introduzidos no mercado brasileiro, para resolver problemas daqui em termos ambientais”, explica o presidente da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva), Edson Orikassa.
Um exemplo é a elevação a mistura de biocombustíveis ao diesel e à gasolina. “O programa permite identificar possíveis impactos que isso causa nos veículos que estão em circulação no Brasil ou a necessidade de adequação dos sistemas, para garantir menos poluição e mais eficiência. Por outro lado, ajuda a prever a necessidade de se ofertar combustíveis diferenciados devido à adoção de novas tecnologias, como o caso dos motores Euro 5, que exigem diesel de baixo teor de enxofre”, explica.
Ele ressalta a importância de ter uma base de dados nacional sobre o tema: “hoje, o Proconve [Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores] utiliza informações de outros países. Mas as condições das estradas e dos combustíveis, por aqui, são diferentes. Daí a necessidade de se fazer um levantamento de dados científico para as condições brasileiras”.
De acordo com a AEA, embora o programa tenha entrado em vigor neste mês, o programa já era executado. Por meio dele, foram feitos 1.174 ensaios, em 50 veículos, 23 motocicletas e nove motores, o que representa 89% dos testes previstos.
Fonte: Radar Nacional
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