Seguro popular é opção barata, mas esconde armadilhas
Seguro popular é opção barata, mas esconde armadilhas
O Seguro Auto Popular , oficializado no mês passado pela Resolução 336 do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), é uma boa opção para donos de veículos mais velhos, principalmente acima dos 10 anos de uso. Pelas novas regras, a contratação do serviço é permitida até mesmo para a frota mais jovem, embora seja uma saída para os carros mais rodados, geralmente recusados pelas seguradoras ou que têm valores elevados das apólices que inviabilizam fechar o negócio. Os preços são mais acessíveis, no entanto, a vantagem pode esconder algumas armadilhas que exigem atenção do condutor.
O maior risco esconde-se no uso das peças usadas, permitido na legislação. O uso de peças originais recondicionadas é obrigatório na recuperação de veículos sinistrados com cobertura secundária. Elas serão adquiridas de desmanches regulamentados junto aos órgãos de trânsito, como preveem as normas da Superintendência de Seguros Privados (Susep) com base Lei do Desmanche.
A Fundação Proteste, órgão de defesa do consumidor, alerta ao consumidor que assegure a garantia e o bom estado da peça de segunda mão e a forma como será instalada no veículo.
Outra questão importante a ser considerada é que as novas regras da Susep não se aplicam para consertos que envolvam itens de segurança como sistemas de freios, suspensão e cintos de segurança. Nesse caso, só podem ser usadas peças novas. “A cobertura principal do seguro auto popular deverá compreender, no mínimo, a garantia de indenização por danos causados ao veículo por colisão. Não é permitida a oferta de cobertura que preveja apenas a indenização integral por colisão”, reforça a Proteste.
O seguro propõe ainda a opção pelo motorista da oficina de sua confiança ou outro estabelecimento pertencente à rede credenciada específica do produto, discriminando, nesta situação, as vantagens garantidas ao segurado. “Na avaliação da PROTESTE, é positiva a opção de escolha da oficina de confiança, no entanto, o consumidor precisa ter cuidado, pois em caso de escolher a oficina para o conserto, as seguradoras podem ser eximir da qualidade do reparo realizado”, recomenda o órgão.
Segundo a Proteste, a modalidade é oba oportunidade para o consumidor proteger seu veículo contra roubos e colisões. No entanto, há o receio de que o uso de peças de segunda mão possam descaracterizar o veículo e desvalorizá-la na hora de revendê-lo. Portanto, o condutor deve exigir informações claras da seguradora quanto à oferta, apresentação e utilização das peças, conjuntos de peças ou serviços que incluam, seja total ou imparcialmente, itens reutilizados.
Fonte: Radar Nacional
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